Por Larissa Reis
Samuel Heoli era office-boy, seu irmão Sérgio tinha uma locadora de vídeo game, Bento vendia ração, Júlio era técnico em eletrônica e Dinho, cabo eleitoral. Mas a paixão pela música mudou de forma radical a vida desses meninos. Com mais de três milhões de cópias vendidas de um único álbum, eles bateram todos os recordes, conquistaram crianças e adultos e tornaram o ano de 1995 muito mais divertido. Sozinhos, eram cinco garotos como tantos outros, mas juntos, tornaram-se o fenômeno Mamonas Assassinas.
Com a música, os meninos de Guarulhos descobriram algo em comum além da vida difícil na cidade onde moravam. Formada em 1990, a Banda Utopia se limitava a tocar música de grupos já conhecidos. As oportunidades eram raras e a batalha constante. E é nesse ponto que o filme se concentra, nos desafios. Com direção de Edson Spinello, o filme resgata a trajetória que resultou em sucessos como Pelados em Santos, Vira-Vira e Robocop Gay.
Duas décadas foram abordadas no filme, desde o começo com a banda Utopia, quando eles procuravam um espaço no cenário musical, e depois quando se tornaram os Mamonas. Além de todo o preparo com o cenário e a utilização dos figurinos originais, todas as músicas da banda foram regravadas em estúdio pelos atores Ruy Brissac, que interpretou Dinho em musical sobre a banda; Beto Hinoto, sobrinho de Bento; mais Rhener Freitas, Adriano Tunes e Robson Lima.
Para preservar a alegria do quinteto, Edson Spinello resolveu não abordar o acidente de avião que ceifou a vida dos integrantes do grupo. “A ideia que prevalece é a história, não a tragédia”, diz o diretor. “Queremos mostrar a emoção e alegria de como a banda era e prometendo reacender a jornada meteórica desses cinco jovens”, completa.
A lembrança que permanece é da alegria do Mamonas Assassinas. E, com eles, o Brasil inteiro foi mais feliz, mesmo que por tão pouco tempo.
Confira o trailer
Mamonas Assassinas - O Impossível Não Existe | Estreia 28.12.23 | Dir. Edson Spinello | Brasil | Comédia | 95 min.
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