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A Prisioneira de Bordeaux

Um surpreendente encontro de mulheres

Por Rebecca Rocatto


Mais uma dose sublime de Isabelle Huppert: a atriz francesa é uma das protagonistas do novo filme de Patricia Mazuy, A Prisioneira de Bordeaux, que aborda a relação de amizade entre duas mulheres: Alma — interpretada por Huppert — e Mina, vivida por Hafsia Herzi.

Os maridos de ambas estão presos no mesmo conjunto penitenciário e, após várias visitas em que os desencontros são constantes, elas acabam se esbarrando no mesmo dia e horário. A partir daí, as futuras amigas compartilham muito mais do que poderiam imaginar.


Com base nas conversas entre Alma e Mina, a diretora, sem querer (ou querendo), elabora um estudo que envolve dinâmicas de classe e o lugar da mulher inserido em cada ambiente. Huppert, sendo uma das atrizes francesas mais influentes e premiadas da atualidade, exibe com clareza e qualidade seus dotes artísticos, provando mais uma vez que é digna de toda a consagração alcançada. Também dona de atuação notável, Hafsia Herzi já possui uma bela filmografia, dos dois lados da câmera. É ela quem assina a direção do ainda inédito La Petite Dernière, cuja protagonista, Nadia Melitti, ganhou o prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes 2025.


E como a França é um dos berços do cinema mundial, Patricia Mazuy fez escola com grandes mestres, como Agnès Varda e Jacques Demy, dos quais foi assistente de direção nos anos 1980. Logo na sua estreia como diretora, ela levou o prêmio César de Melhor Primeira Obra por Peaux de Vaches, em 1989. Passadas mais de três décadas, com A Prisioneira de Bordeaux, seu sétimo longa-metragem, Mazuy surge mais madura, tecendo um enredo que busca posicionar pensamentos e edificar uma relação intrínseca entre mulheres, com protagonismo forte e ascendente.


Confira o trailer



A Prisioneira de Bordeaux | Estreia 07.08.2025 | Dir. Patricia Mazuy | França | Drama | 108 min.

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