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O Último Azul

Atualizado: 5 de set.

Na correnteza de um Brasil distópico

Por Vinicius Fantezia


O Último Azul teve sua première mundial no último Festival de Berlim, onde concorreu ao Leão de Ouro e conquistou o Prêmio do Júri. No Brasil, a primeira exibição foi reservada ao Festival de Gramado, como filme de abertura do evento.


Cercado de expectativa, o longa é dirigido por Gabriel Mascaro, talentoso cineasta pernambucano com filmografia respeitável, que inclui títulos como Ventos de Agosto, Boi Neon e Divino Amor. Nesta produção, Rodrigo Santoro e Denise Weinberg dividem o protagonismo com o promissor Adanilo, jovem ator e dramaturgo amazonense.


Misturando drama e ficção científica, a história apresenta um Brasil distópico onde idosos são levados para uma colônia isolada para viverem seus últimos dias. Nesse contexto, Teresa, uma mulher de 77 anos, inicia uma jornada pelos rios da Amazônia. A produção já passou por mais de 10 festivais internacionais e vem sendo muito aclamada pela crítica.


O longa preserva traços característicos do diretor: a melancolia contemplativa e a integração com a natureza, que Mascaro filma com maestria. Se em Ventos de Agosto o vento é o fio condutor e em Boi Neon os animais assumem papel central, aqui é o rio que se torna personagem fundamental. Aliado a uma fotografia impecável, ele confere encanto especial à obra.


Com o cinema nacional vivendo um grande momento, a produção revela um diretor no auge da maturidade artística, conduzindo um elenco afinado que reúne três gerações de atores. Uma preciosidade para o cinema brasileiro.


Confira o trailer



O Último Azul | Estreia 28.08.2025 | Dir. Gabriel Mascaro | Brasil | Drama/Ficção científica | 85 min.

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